CPI da Covid: Pfizer, Ernesto Araújo e Pazuello

Pazuello / Foto: Jefferson Rudy

Em 13 de maio a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) instaurada pelo Senado Federal, de autoria do Senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), e presidida pelo Senador Omar Aziz (PSD-AM), tendo como relator o Senador Renan Calheiros (MDB-AL), prosseguiu com os depoimentos, culminando nos dias 19 e 20 com o depoimento do General do Exército Eduardo Pazuello, cuja finalidade foi verificar as ações e omissões do governo em relação a pandemia da Covid-19

Com um depoimento contundente que corrobora com as suspeitas de que o governo fora negligente na pandemia quanto a aquisição de vacinas, o Gerente Geral da Pfizer na América Latina, o Srº Carlos Murillo, no dia 13 de maio de 2021, versou sobre dias, prazos e quantidades de vacinas ofertadas ao governo Brasileiro, bem como a falta de respostas das tratativas em firmar um compromisso. Em sua fala Carlos Murillo foi categórico na oferta de 70 milhões de doses da vacina no mês de agosto de 2020 com entregas a partir do final do segundo semestre de 2020 de 1.5 milhão de doses. Entretanto em 7 de dezembro de 2020 fora realizada uma reunião para verificar aspectos legais de contrato com duas secretárias da Pfizer, o vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente da república e que não tem responsabilidades com o Governo Federal, e o então secretário de comunicação, o sr. Fabio Wajngarten, participaram, porém nada foi fechado naquele momento. Somente em março deste ano se concretizou a compra de 100 milhões de doses da vacina com entrega prevista de 13,5 milhões neste primeiro semestre e os outros 86,5 milhões até o final deste ano.

Carlos Murillo

Em 18 de maio, o ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, apesar de tentar dissuadir o relator através de suas respostas vazias, além de esquivar as responsabilidades do governo e suas para a aquisição de vacinas, bem como a retórica usada de forma ideológica para atacar o povo Chinês e autoridades, foi enfático e prudente para não envolver Bolsonaro, contudo falou das tratativas sobre a falta de oxigênio, bem como das ofertas do governo Americano e da Venezuela, porém passou o problema para o Ministério da Saúde que não tomou posicionamento.


O depoimento mais esperado até o momento foi o do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, que mais tempo ficou no comando da pasta, de 16 de maio de 2020 até 23 de março deste ano. Apesar de ter a seu favor um habeas corpus concedido pelo STF (Supremo Tribunal Federal), preferiu responder aos questionamentos do relator e de Senadores da comissão. Desta feita em 19 e 20 de maio Pazuello prestou seu depoimento sempre de forma prolixa tentando se esquivar da responsabilidade de suas falas e atos; tentou separar as falas proferidas na internet e posições tomadas por ele e Bolsonaro; tentou blindar o chefe do executivo, exaltando ações do próprio governo; tentou dissociar o chefe de governo do governo; tentou dissuadir a afirmação de uso da cloroquina, porém confirmou orientação feita pelo Ministério da Saúde; Disse não ter tido conhecimento de ofertas dos governos Americano e da Venezuela para sanar o problema da falta de oxigênio no Estado do Amazonas.

Pazuello respondeu a todas as perguntas, mas não conseguiu ser conciso e muito menos objetivo e numa tentativa desenfreada em blindar seu chefe sob os olhares do filho do presidente, se esquiva do relator e contraria falas de outros depoentes até então. Por sorte conta com assessoria e uma pasta preta de onde tenta tirar as respostas, as quais nunca saem. Todavia o ex-ministro faz um bom papel afinal não poderia deixar de cumprir a máxima de que “Um manda, o outro obedece!”.


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Acesse também: O que esperar da CPI da Covid-19 do Senado Federal




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