Em nota enviado em 21 de agosto, a Polícia Civil destacou que eventuais dados relativos à participação de servidores da corporação nas investigações estão sendo encaminhados à Corregedoria da Polícia Civil.
Em nota, a defesa do delegado Dannilo Ribeiro Proto (foto), representada pelo advogado Alan Cabral Jr., informou que teve acesso à denúncia oferecida pelo órgão e que houve excesso narrativo fático-acusatório. Disse ainda que demonstrará a ausência de elementos de prova, bem como a inexistência de fundamentos que sustentem as acusações constantes na denúncia.
De acordo com o MP-GO, a denúncia foi apresentada segunda-feira (1º). Os documentos apresentaram denúncias contra investigados alvos da Operação Regra de Três, realizada em 21 de agosto.
Na primeira denúncia, constam na peça acusatória o delegado e sua esposa, que ocupou o cargo de coordenadora regional de Educação de Rio Verde entre 2019 e 2024. Além do casal, também foram denunciados outros integrantes que teriam cometido crimes ligados ao caso.
De acordo com o órgão, a segunda denúncia aponta os mesmos integrantes da primeira por crimes relacionados à supostas contratações fraudulentas realizadas através do Programa Reformar e outros programas de obras e serviços da Secretaria de Educação (Seduc/GO).
Quanto aos crimes relacionados à contratação fraudulenta para a realização do concurso público da Câmara Municipal de Rio Verde, o Gaeco Sul (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) esclarece que eles serão objeto de ação penal própria, a ser oferecida nas próximas semanas.
Regra de Três
Segundo informações do MP-GO, a Operação Regra de Três foi realizada com objetivo de desarticular organização criminosa que seria liderada pelo delegado da Polícia Civil e sua esposa. A promotoria investiga suspeitas de fraudes em contratações públicas e direcionamento ilegal de recursos públicos destinados, principalmente, a reformas e obras em escolas da rede estadual de ensino.
O Ministério Público do Estado de Goiás estima que, desde 2020, o esquema teria desviado mais de R$ 2,2 milhões dos cofres públicos. No dia 21 de agosto, foram cumpridos um mandado de prisão preventiva, do delegado, e 17 mandados de busca e apreensão em Rio Verde e Goiânia. O bloqueio de contas e a apreensão de bens dos investigados foi determinado em decisão judicial para fins de ressarcimento aos cofres públicos.


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