Indicativo de Greve da Educação em Goiânia


Por Antonio Oliveira

Assembleia dos profissionais da educação foi realizada pelo Simsed (Sindicato Municipal dos Servidores da Educação) nesta quinta-feira, 05 de agosto, com o objetivo de discutir sobre o retorno às aulas presenciais das Escolas e CMEIs (Centro Municipal de Educação Infantil) de Goiânia, e a Data Base dos anos de 2020 e 2021 para repor o índice do IPCA (Índice Nacional de Preços Acumulado)
 

Ainda foi deliberado sobre os próximos atos de luta por parte de todo o coletivo reunido, que chegou a ter mais de 100 participantes

Segundo o Simsed as conquistas havidas até hoje foram resultados de batalhas travadas com os mandatários do poder, como a conquista republicana do concurso público a qual está ameaçada por esta reforma administrativa que visa acabar com a progressão de carreira entre outras medidas. E desta forma as conquistas vão ficando no caminho deixando os servidores públicos mais vulneráveis aos desmandos e o pior com a conivência e subserviência de colegas que trabalham nas mesmas condições, porém tem algum cargo de relevância dentro das instituições afetadas diretamente pelo desmonte de direitos e fazem parte desta desconstrução, como a maioria dos gestores de escolas e CMEIs da capital de Goiás que se curvam à administração do prefeito Rogério Cruz.

A gestão de Bolsonaro no planalto é replicada por Rogério Cruz em Goiânia, em que coloca parentes de Vereadores da Câmara Legislativa de Goiânia para trabalharem nos escalões administrativos do Executivo no Paço Municipal, minando qualquer barreira da Câmara contrapor os desmandos do prefeito.

Contudo Wellington Bessa secretário da SME (Secretaria Municipal de Educação de Goiânia) que não tem experiência de gestão, se resigna a discutir com a comunidade discente sobre o retorno presencial às salas de aula e impõe pareceres aos trabalhadores e anuência de responsabilidade em que obriga os pais a assinarem termos para seus filhos retornem às aulas presenciais, assim como obriga a volta de servidores com comorbidades, maiores de 60 anos e grávidas.

Também nesta reunião foi discutido a precarização acintosa que a prefeitura impõe aos trabalhadores por contrato que recebem menos que estatutários e têm que tirar do próprio salário o vale transporte, além de terem que se locomover em ônibus de linha e eixo-anhanguera, a fim de exercerem seu trabalho nas instituições, estando em risco iminente de se infectarem com o coronavírus durante os trajetos do transporte público lotado.

Diante da tragédia anunciada pela desgovernança a prefeitura trará óbitos em escala para a cidade de Goiânia e provavelmente dentre eles servidores da educação municipal farão parte. Pois não existem protocolos seguros, não existe empresa de sanitização para fazer o trabalho devido nas instituições, não há espaços para isolamento de infectados, não há aventais, luvas, máscaras descartáveis para o uso de todos e a contento. Ao que tudo indica é tudo “meia boca”, pois com água sanitária, álcool líquido e gel, uma máscara de acrílico e uma máscara descartável para cada servidor, além do trabalho exaustante imposto aos trabalhadores da limpeza de cada instituição acredita-se que seja o suficiente para estancar as possibilidades do desastre.

Nesta ficou decidido pelo coletivo que a luta deve encorpar mais ainda para que haja uma greve, portanto dia 12 de agosto às 19 horas haverá nova assembleia virtual para discutir “Indicativo de Greve”, pois estamos vivendo à mercê do agravamento da crise sanitária em que os gestores não estão preocupados com a vida das crianças, da comunidade e nem dos servidores que irão atender estas famílias.

Apesar da necessidade dos pais de precisarem de um local para deixar seus filhos, não pode ser ignorado o fato da existência de proliferação em massa do vírus, portanto precisam ser alertados quanto aos riscos que correm com a abertura dos portões das instituições educacionais nesta cidade que não chegou a vacinar com a segunda dose nem 50% da população.

Contudo há expectativa de haver greve por parte dos trabalhadores da educação de Goiânia, pois há luta pela data base e por outros direitos que servidores estão perdendo, mas acima de tudo em específico esta luta é pela preservação da vida dos trabalhadores da educação, das crianças e de toda a comunidade goianiense, afinal o rastro de pólvora estará acionado no dia 16 de agosto com a volta presencial determinada pela SME com a subserviência de diretores de instituições de Escolas e CMEIs e anuência de parte da população desinformada e/ou que negligência a realidade da conjuntura de hospitais e ocupação de leitos infantis na cidade de Goiânia.

Vídeo da manifestação ocorrida na quarta-feira, 04, no Paço municipal:



#UseMáscara #DistanciamentoSocial #UseAlcoolEmGel #TomeVacina

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