Celebrar morte banaliza ser humano, diz chefe de comissão da OAB-GO


A comemoração pela morte de Lázaro Barbosa e os comentários sobre as imagens do criminoso atingido por balas chamaram a atenção do presidente da Comissão de Direitos Humanos da seção goiana da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Roberto Serra da Silva Maia

"Isso me causou uma perplexidade, porque elas foram compartilhadas como uma celebração da morte de uma pessoa." Entre as pessoas que celebraram a morte, está o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

"Independentemente da pessoa [que morreu]. Poderia ser a pessoa encarnada na forma de demônio. Mas a gente não pode celebrar uma morte. Porque, quando você celebra uma morte, você banaliza o ser humano completamente". Declarou Roberto Serra da Silva Maia, presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-GO

Maia soube que Lázaro havia sido encontrado após 20 dias de buscas e morto pela polícia através de sua filha, de 14 anos de idade, que recebeu imagens do criminoso pelas redes sociais. O fugitivo estava se escondendo em Goiás, entorno do DF, após ter assassinado quatro pessoas em Ceilândia - DF em 9 de junho.

O presidente da comissão da OAB-GO, agora, aguarda os resultados das investigações sobre o desfecho do caso. Ele reforça que esse é um procedimento padrão após ocorrências que envolvam morte.

Maia cita como comparação um cenário em que o ladrão é morto durante o assalto a uma residência pelo proprietário do imóvel. "Isso [legítima defesa] não vai impedir a instauração de inquérito para apurar o fato", diz.

"Todo aquele que causa a morte de alguém deve responder por esse ato. Se a pessoa agiu em legítima defesa, se estava no estrito cumprimento do dever legal, não importa", complementa, lembrando que o inquérito ajudará a entender o que aconteceu na ocorrência.

Investigação necessária

"É necessária a investigação para apurar o limite da legalidade na atuação policial", diz Maia. 

Defender esse inquérito, explica o presidente da comissão, não significa, de maneira nenhuma, apoio a Lázaro. Ele, porém, fica incomodado com a maneira como a sociedade vê esse posicionamento. Mais Goiás
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