O Vírus Não Entra em Igrejas e Escolas!?

Por Antonio Oliveira


A Escola Pública no Brasil desde os Centros de Educação Municipais (CMEIs) ao Ensino Médio é entendida pela grande maioria da população brasileira como lugar de depósito de crianças, independentemente da estratificação social. Pois educadores são vistos como babás e não como pessoas de conhecimento para o desenvolvimento e socialização dos futuros cidadãos deste País. Para além são considerados como um peso para os cofres públicos, principalmente nesta época de pandemia em que educadores se esforçam ao exercerem suas atividades através do ensino remoto. Desta feita dentro de uma concepção deturpada são considerados serviçais de última categoria, dentro de um espectro inimaginável de uma sociedade doente e deplorável em que valores são trocados por açoites

As instituições estão permeadas por pessoas que negligenciam a vida e a todo custo querem as atividades presenciais como nas igrejas tal qual o comércio, pois necessitam sobreviver economicamente, porém não podemos esquecer que a permanência pós-pandemia depende de sacrifícios.

Na contramão da lógica e, por conseguinte da ciência usando argumentos descabidos em sua decisão o Ministro Kássio Nunes Marques, empossado ao STF (Superior Tribunal federal) em novembro de 2020 por indicação de Bolsonaro em substituição ao decano Celso de Mello, à véspera da Páscoa liberou a realização de missas e cultos em todo o território Brasileiro, tirando a autonomia dos Municípios e Estados para limitar as celebrações religiosas presenciais com a finalidade de medida ao enfrentamento à pandemia, mas esperamos que o povo tenha discernimento e não se deixe levar pela ganância das igrejas e que o culto possa ser realizado entre o individuo e seu Deus com segurança na sua casa e ou com medidas restritivas nestas casas de oração. Contudo corroboram para o desastroso momento e a pressão da sociedade para que o trabalho presencial do professor volte mesmo sem segurança parece estar por um fio, abaixo o desabafo de um professor da rede pública de ensino do Estado de Goiás Thiago Oliveira Martins:

"Os professores e funcionários públicos estão sendo atacados levianamente há muitos anos, o que explica e muito o atual estágio de descontrole da pandemia no país. Afinal somos um país que não valoriza seus professores, não respeita a ciência. Mas nesta semana a Secretaria de Educação de Goiás tomou decisão favorável à racionalidade.

Srª Fátima Gavioli, Secretária da Educação, divulgou sua decisão acertada de só retornar às atividades presenciais nos colégios depois da vacina, ela percebeu, após realizar atividades presenciais nos colégios, como às provas diagnósticas, que não temos condições para tal retorno, e agora está agindo acertadamente. Porém, cidadãos que na sua maioria não conhecem nosso cotidiano, por diversos motivos, estão falando que estamos achando bom ficar em casa, porque assim trabalharemos menos, dizem sem saber, sem consistência.

Infelizmente muitos pais jogam os filhos nos colégios e nunca participam de uma reunião sequer e dessa maneira desconhecem o nosso trabalho. Mas estão sempre nas redes sociais fazendo comentários impróprios. Portanto como funcionário público devo aos senhores informações sobre meu trabalho e inclusive, caso sejam pais de meus alunos, podem e devem vir observar e questionar meu serviço. Enfim, vamos a um breve relato de minhas atividades: nos fins de semana, preciso colocar em dia 27 diários escolares para o conselho de classe, eles sempre estão atrasados devidos entregas tardias de trabalhos dos alunos que deixam pra ultima hora, pois muitos dos pais não se preocupam com as datas que seus filhos devem cumprir, além disso, tenho minha vida particular, como cuidar da minha família. Todavia preciso encontrar tempo para continuar estudando e me aperfeiçoando a fim de garantir qualidade de ensino aos meus alunos"
.

É preciso que haja o mínimo de empatia e discernimento para não conceber juízos equivocados que deturpam a profissão daquele que deve ajudar na formação de vossos filhos, pois a escola não pode ser considerada como um depósito de crianças, e o professor considerado babá. Dentro de uma visão durkheimiana podemos dizer que a escola é de suma importância e relevância para a constituição de uma sociedade justa e organizada. Portanto deve ser considerada como um templo para o conhecimento e desenvolvimento das potencialidades que elevem a formação do ser humano, a fim da inserção de cidadãos cônscios de seu papel na contemporaneidade. Enfim para que estruturas sociais possam continuar a existir é necessário que valores sejam moldados durante a formação das crianças e o Professor tem papel importante nesta formação, mesmo em um mundo volátil e de embevecimento tecnológico tão necessário ao ensino-aprendizagem dos dias atuais.

Neste momento triste para a humanidade e principalmente aos brasileiros que chega ao final desta segunda semana santa da pandemia com o total de 331.433 mortes e apenas menos de 10% da população brasileira sendo vacinada com a primeira dose contra a Covid-19, é necessário que todos possamos nos preservar, e mais precisamente quanto ao acolhimento dos nossos alunos em nossos templos de ensino, torna-se fundamental permanecermos mais um pouco de tempo afastados seja da escola ou da igreja e até do banco da praça, até que tenhamos segurança para todos, até que venha a vacina contra a covid-19 para todos!

#UseMáscara #DistanciamentoSocial #UseAlcoolEmGel #VigieAAgulha

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