Paralisação da Educação em Goiânia no Dia Internacional da Mulher

Foto: Simsed
Neste dia Internacional da Mulher, 08 de março de 2018, os trabalhadores da educação do Município de Goiânia, realizaram assembleia com a finalidade de discutir uma pauta de reivindicações. A referida assembleia aconteceu no Cepal do Setor Sul da Capital a partir 08:30 h, na qual houve votação dos pontos a seguir para fazer valer os direitos de todos os profissionais , dentre elas a data base, piso salarial da categoria e os 30% de adicional requeridos pelos Auxiliares de Atividades Educativas embasados em Lei de 2015.

A seguir a Pauta de Reivindicações pleiteadas à Secretaria de Educação do Município, a fim de solucionar o caos da educação básica, que até então têm sido ignorada pelos Gestores da administração pública da prefeitura desta cidade, como acontecera em 05 do corrente quando da paralisação do Auxiliares de Atividades Educativas em que o Secretário de Educação do Município Profº. Marcelo Costa ignorou a categoria com sua insensatez falta de respeito e consideração para com os profissionais, não os recebendo e muito menos sensibilizando com suas demandas.

PAUTA DE REIVINDICAÇÕES DOS TRABALHADORES DA EDUCAÇÃO DE GOIÂNIA.

1. Exigimos respeito por parte do prefeito Iris Rezende e do Secretário Marcelo Ferreira da Costa, pois precisam deixar de agir com manobras e realizar uma verdadeira negociação com os trabalhadores, através do SIMSED e não através de seus prepostos (Sintego e Sindigoiânia);

2. Melhoria nas escolas e CMEI’s de Goiânia, para que seja garantido o pleno atendimento de direitos básicos dos estudantes e dos trabalhadores da educação;

3. Imediato pagamento da data-base do trabalhador administrativo referente ao ano de 2017 e 2018. Exigimos o pagamento sem parcelamento, pois já deviam estar cumprindo desde o mês de janeiro;

4. Pagamento de um Piso Salarial para o trabalhador administrativo de no mínimo dois salários mínimos;

5. Cumprimento da lei do adicional de 30% para os novos auxiliares de atividades educativos e o retroativo.

6. Cumprimento do Piso Nacional dos professores e reposição das perdas inflacionárias;

7. Convocação dos aprovados no último concurso, inclusive do Cadastro de Reserva, e prorrogação do Concurso, como meio para suprir o déficit real de funcionários na Rede Municipal;

8. Melhorias no atendimento do Instituto de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais de Goiânia (IMAS), afastamento do presidente Sebastião Peixoto e auditoria pública de suas contas.

9. Democracia na Rede Municipal, com discussão e apresentação das Novas Diretrizes e revogação de medidas autoritárias, como foi o processo de eleição dos coordenadores;

10. Reajuste da Regência do professor;

11. Valorização dos diretores, garantindo a incorporação da gratificação e a compatibilidade do seu valor com as responsabilidades da função;

12. Reajuste do auxílio locomoção do professor;

13. Direito dos auxiliares de atividades educativas em realizar substituição;

14. Alteração do Plano de Carreira e Estatuto, definindo o cargo de auxiliar como pedagógico e equiparando a suas vantagens em semelhança a carreira do professor;

15. Auxílio locomoção para os auxiliares de atividades educativas;

16. Pagamento dos oito meses de retroativo dos servidores administrativos, referentes a data-base de 2014;

17. Pagamento das Progressões Horizontais (mudança de letra) e Verticais (Titularidade), com retroativo, para todos os trabalhadores da educação;

18. Regulamentação do cargo de cuidador;

19. Não fechamento do Ciclo III;

20. Reabertura de turmas EAJA noturno nas Escolas onde fecharam e Manutenção onde já existem;

21. Que a Progressão vertical dos servidores administrativos volte a ser de 2 em 2 anos;

22. Igualdade do recesso escolar dos trabalhadores administrativos em relação aos demais servidores da educação;

23. Direito a insalubridade para os trabalhadores administrativos;

24. Pagamento de três meses retroativo do Piso dos professores no ano de 2014;

25. Regência para o coordenador de turno;

26. Direito ao auxílio locomoção para o trabalhador administrativo:

27. Cumprimento da lei que garante a substituição do administrativo imediatamente;

28. O administrativo com formação superior na área pedagógica de educação tenha garantia de valorização tanto economicamente quanto socialmente no decorrer de sua carreira pública;

29. Fim das Escolas e CMEIs de Placa;

30. Melhoria na qualidade da merenda escolar e dos produtos adquiridos para o preparo dos alimentos, com garantia do fornecimento do lanche a todas as instituições, sem interrupções contínuas ou esporádicas durante todo o período letivo;

31. Maior segurança nas instituições escolares, pois semanalmente as mesmas são assaltas e o patrimônio da escola é depredado;

32. Concessão das licenças prêmio;

33. Punição rigorosa contra o sistemático assédio moral na rede municipal;
Foto: Antonio Oliveira
Antes de abrir votação para os assuntos e diretrizes do movimento, houve discurso de professores, auxiliares administrativos, auxiliares de atividades educativas e membros do SIMSED, os quais também são educadores da RME, em suas falas além das pautas se dirigiram as gestões dos prefeitos Paulo Garcia e do então prefeito Iris Rezende como desastrosas, do secretario da educação Profº Marcelo Costa, e do Presidente do IMAS o Srº Sebastião Peixoto Moura, o qual esta sendo processado por desvio de verbas do próprio Instituto na gestão anterior. Portanto a corrupção não passou em branco nas falas dos oradores da assembleia, mas também não houve esquecimento da data em que comemora o “Dia Internacional da Mulher”, por parte de todos os interlocutores.
Foto: Simsed
Durante a assembleia manteve-se as trinta e três reivindicações acima, ficou aprovada nova reunião da próxima assembleia para o dia 05 de Abril de 2018 as 14:00h em frente a Secretaria Municipal de Educação de Goiânia (SME), também decidiu por uma passeata do Cepal até o Ministério Público MP-GO, com o propósito de protocolar as referidas reivindicações.

No percurso da passeata tomando uma das faixas de trânsito da rua 91, ponte sobre a marginal Botafogo e avenida Fued José Sebano Setor Sul, os manifestantes com cartazes e faixas, além de um carro de som, gritaram palavras de ordem ao descaso das condições de trabalho, falta de segurança, salários achatados, falta de incentivos e progressão de carreira entre outras, porém chegando ao MP as portas se fecharam e só foram reabertas depois da exaltação dos servidores da educação que não se inibiram com a Polícia e seguranças na porta até que reabriram e negociaram para que uma comissão composta por cinco integrantes para registrar as pretensões do movimento liderado pelo Simsed.

O Movimento contou mais uma vez com o apoio das mídias sociais, bem como toda a mídia televisiva e jornalística impressa e digital, cabe informar à população que os direitos dos servidores para que sejam alcançados precisam de lutas e estas são não só dos servidores, mas também de toda a sociedade de Goiânia, porque estes cuidam, assistem e educam para a vida o futuro desta cidade. Ainda ressalta um dos integrantes do movimento que tudo ocorreu dentro das expectativas dos organizadores e de forma pacífica.

Por Antonio Oliveira
Post: Lucieni Soares

Postar um comentário

Comentários