Educação em Goiânia: Todos Vacinados Na Volta às Aulas?


Por Antonio Oliveira

Muito se discutiu sobre o retorno às aulas desde o dia 17 de março de 2020 em que o ensino presencial parou. Desde então houve decretos em Goiânia assim como na grande maioria dos 5.568 municípios brasileiros parametrizando as ações das instituições e seus profissionais a fim de equacionar com inteligibilidade esta situação inserida em um cenário de pandemia em decorrência da Covid-19

Praticamente a terra parou e o ensino obviamente dentro deste contexto foi afetado de forma substancial, trazendo desafios e novas roupagens para a educação em todos os seus níveis. Mas no próximo dia 02 de Agosto de 2021 os profissionais retornarão às suas instituições a fim de prepararem os espaços, seguindo os protocolos para receber presencialmente os alunos a partir do dia 16.

Durante estes dezessete meses de afastamento do ensino presencial nas Escolas e Centros Municipais de Ensino Infantil (CMEIs) de Goiânia, os desafios foram grandes para que o ensino não fosse deixado de lado e os esforços foram grandes por partes de gestores, professores e técnicos nesta caminhada, além obvio da participação efetiva de pais e alunos, O ensino-aprendizagem precisou dar um salto em conjunto com a tecnologia, pois professores tiveram que aprender a lidar com as TICs (Tecnologias de Informação e Comunicação) com a finalidade de levar conteúdos aos educandos, assim como os pais tiveram desafios tanto ou maiores que os profissionais e gestores, pois muitos além de não terem tempo para acompanhar seus filhos durante as atividades realizadas de forma remota, também não dispunham de recursos básicos para tal como internet, computadores, tablets e/ou smartphones.

A falta de implementação de práticas pedagógicas bem como de convívio social entre todos os atores o qual propicia sobremaneira ensinamentos de cidadania aos alunos, aliados a problemas já citados acima irão trazer desníveis sociais a curto e longo prazo à nossa sociedade. Mas a partir de 16 de agosto do corrente ano resgataremos a caminhada necessária à formação de cidadania de nossas crianças seguindo óbvio todos os protocolos regidos e orientados pela Secretaria Municipal de Educação da Prefeitura de Goiânia. Hoje a cidade já conta com 24,4% da população imunizada de um total de 986.102 doses de vacinas aplicadas, todavia existem pessoas que ainda não entenderam o propósito da vacinação.

Muitas pessoas escolhem a marca da vacina como se estivesse num shopping, não compreenderam que não importa qual seja o laboratório e a tecnologia empreendida na fabricação do imunizante, pois o mais importante é a proteção independente dos efeitos colaterais. E muito pior que escolher uma marca de vacina, talvez seja ainda termos o negacionismo por parte de cidadãos que resistem em não tomar a vacina. E este fato entra em choque principalmente quando direcionamos tal constatação às pessoas que trabalham dentro de um ambiente responsável por formar a consciência coletiva.

Nesta terça feira, 27 de julho de 2021, fizemos uma enquete com pessoas espalhadas pelo Brasil nas mais diversas profissões, inclusive com profissionais da educação e comunidade em geral a fim de entender o que pensa a coletividade em torno de um assunto que parece ser complexo já que vivemos num país democrático em que são resguardadas ao indivíduo a sua liberdade, entretanto o artigo 196 da Constituição versa que:

A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”.

E Portanto dentre as medidas sancionadas pelo Presidente da República estão a lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, e o decreto nº 10.212, de 30 de janeiro de 2020, que em seu artigo versa que para o enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus, poderão ser adotadas, entre outras, as seguintes medidas, entre elas o item III - determinação de realização compulsória de insígnia de vacinação e outras medidas profiláticas.

Diante de medidas regidas por nossa Constituição e lei sancionada pelo Presidente da República Jair Bolsonaro conforme acima, o direito Individual não prevalece sobre o interesse Coletivo.

Abaixo alguns depoimentos de nossa enquete:

Têm que pensar no coletivo, pois estamos em uma Pandemia e isso é uma questão de saúde pública. Quem é esse alecrim dourado que não quer vacinar?”, Administrativo da rede SME Goiânia-GO.

Deveriam passar por sindicância, sofrer processo administrativo disciplinar e deixar de receber seus vencimentos, pois depois dessas medidas a permanecer a recusa de vacinar deveriam ser exonerados. Não é direito individual, é obrigação coletiva, pois parte do princípio de educação que cada um tem. Pois eu não consigo dialogar com negacionista. Não quero nem tentar ensinar para quem não quer aprender, saber, conhecer”, Professora, Diretora da rede SME Goiânia-GO.

Caso não se vacinem, acho que deveriam então apresentar teste de covid-19, semanalmente, e se não apresentarem deveriam ser impedidos de trabalhar e assim, com falta descontada em folha de pagamento”, Administrativo da rede SME Goiânia-GO.

Acho uma irresponsabilidade sem fim. Inclusive deveria ser obrigatório nesse sentido, porque podem colocar as crianças em risco”, Professora da rede SME Goiânia-GO.

Nunca passou pela minha cabeça que pudesse existir pessoas que não se importam nem com a própria vida. Nem sei o que pensar...Quando ouvi sobre esse assunto fiquei horrorizada me perguntando, qual seria o motivo? Acho que essas pessoas deveriam ficar isoladas dentro de uma jaula”. Administrativo da rede SME Goiânia-GO.

Atentado contra a vida de terceiros, mesmo sendo de forma indireta (intencionalmente ou não), é crime. Estas pessoas deveriam ser afastadas ou se vacinar...Porque a ação dela tem impacto direto na sociedade...Causam desequilíbrio”, Designer Gráfico, Pai de Família em Curitiba-Pr.

Acho que é uma escolha dele, pessoal, e para mim não me incomoda”, Comerciante, Pai de aluno da rede SME Goiânia-GO.

Acredito que assim como as vacinas que já fazem parte de nosso calendário, esta também irá fazer e penso que seja uma ignorância da pessoa em se negar ser imunizada, bem como escolher vacinas, Afinal elas protegem, pois veja o exemplo da imunização feita pela Coronavac à todos os profissionais da Saúde!”, Margareth Almeida, Pedagoga rede Pública de São Paulo -SP.

Isso é muito desrespeitoso com os demais, seria caso de exoneração ou demissão sem choro, afinal quer viver igual animal que vá pro meio do mato. A civilização é pra seres civilizados. Pra mim é questão de segurança da saúde pública”. Administrativo da rede SME Goiânia-GO.

“Se alguém não vacinou, acredito que está pessoa e a que está mais prejudicada, porque ela que está sem uma proteção contra o vírus. Já que a vacina ainda não garante não se contaminar. Mas não tenho segurança de mandar meus filhos para a escola, devido estar aumentando os casos em criança e adolescentes”. Mãe de Alunos na rede SME Goiânia-GO.

Segundo a própria SME, cada um que não se vacinar, vai assumir os riscos e consequências de sua atitude. Na verdade não podemos fazer nada. Pra mim não existe uma solução, sem ferir o direito de escolha”, Professora, Diretora da rede SME Goiânia-GO.

Eles ficarão suscetíveis aos vírus só que as crianças enquanto não se vacinarem correm risco também com estes profissionais de se contaminarem”, Elizabeth Alves, Mãe de alunos da rede SME Goiânia-GO.

As crianças que vamos receber que são praticamente assintomáticas, e por ficarmos mais em contato com elas do que com nossos colegas acredito que não haja risco”, Professora da rede SME Goiânia-GO.

Se a vacinação é obrigatória para as crianças porque não ser para os profissionais da educação, tanto que o menino precisa estar com a caderneta em dia, por que o profissional da educação pode ir à escola levar risco às crianças por puro capricho?”, Servidor Administrativo do MP Goiás.

Colocará em risco as outras pessoas da instituição e as crianças, mas o risco maior será dessa pessoa caso se contamine... Eu não entendo essa resistência”, Professora da rede SME Goiânia-GO.

Penso ser uma completa falta de respeito com toda a comunidade. Afinal, a vida em sociedade atribui direitos e deveres à todos. O cuidado com a saúde pública é um dever que está acima de crenças e posicionamentos políticos, especialmente para os servidores que tem OBRIGAÇÃO LEGAL de zelar pela saúde e bem estar das crianças. O não cumprimento de tais deveres pode e deve ser seguido de medidas legais cabíveis, como a exoneração/demissão”, Yuri Moura, Mestrando em Ciência Política pela UNB-Brasília.

#UseMáscara #DistanciamentoSocial #UseAlcoolEmGel #TomeVacina

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