Análise de indicadores da Pesquisa +Valor mostra que o gasto médio do trabalhador com o cafezinho pós-almoço supera em 40 pontos percentuais o reajuste sofrido pela refeição no mesmo período
Uma xícara da bebida mais conhecida no mundo e consumida por nove entre dez brasileiros acima de quinze anos, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), ficou 75% mais cara no Centro-Oeste do País, nos últimos cinco anos. É o que aponta o levantamento da Ticket, marca do setor de benefícios de refeição e alimentação, com base nos indicadores da Pesquisa +Valor.
Na prática, o preço pago por aquele agradável momento pós-almoço passou de R$ 2,48, em 2014, para R$ 4,35, em 2018. A variação percentual no custo do tradicional cafezinho, no Centro-Oeste, é a maior registrada entre as regiões brasileiras. No cenário nacional, o aumento registrado foi de 42%, com o custo passando de R$ 2,39 para R$ 3,40.
O incremento no custo supera o registrado pelo preço médio da refeição, no mesmo intervalo, isso porque, como commodity, o café tem seu valor ditado por cotação estabelecida pela Bolsa de Valores de Nova York, um ambiente volátil, que influencia a tarifa dos produtos tanto no mercado físico quanto no futuro. Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do IBGE evidencia a trajetória dos preços relativos à alimentos e serviços ao consumidor final e é o principal indicador para a taxa de inflação no País.
De acordo com o levantamento, o gasto médio do trabalhador com o cafezinho supera em 40 pontos percentuais (p.p.) o reajuste sofrido pela refeição no período -- que teve incremento de 35% - passando de R$ 26,09, em 2014, para R$ 35,16, em 2018.
A menor variação, no entanto, ocorreu no Nordeste, onde o incremento no custo foi de 35%, passando de R$ 2,62 para R$ 3,54. A variação é 14 p.p. maior que o reajuste aplicado ao preço médio da refeição, registrado em 21% - que passou de R$ 26,98 para R$ 32,66.
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