Marcas do Tempo: livro e documentário que retratam trajetória de Senador Canedo serão lançados em agosto


Dirigido por Gabriel Vilela e Sidney Vilela, filme estreia em agosto e resgata memórias reais para reforçar o sentimento de pertencimento entre os moradores


A produção revisita a história do município por meio de relatos de moradores e imagens de locais marcantes, destacando a importância da memória e a preservação do patrimônio cultural de Senador Canedo.

Uma casa de chão batido. Um trilho coberto pelo mato. O silêncio de quem lembra. É assim que começa Marcas do Tempo, curta-metragem de 15 minutos que propõe um reencontro visual e afetivo com a história de Senador Canedo. Sem pressa, sem fórmulas, e com uma escuta generosa aos que viveram as transformações do município de dentro para fora.

Dirigido por Gabriel Vilela e Sidney Vilela, o filme estreia no dia 22 de agosto com exibições públicas e distribuição digital. A proposta é simples: transformar lembrança em presença, sem pressa, sem excessos. Embora não seja a primeira obra a abordar a história canedense, Marcas do Tempo reafirma a importância de revisitá-la com escuta, sensibilidade e cuidado.

O lançamento oficial do livro e do curta acontece numa sexta-feira, dia 22 de agosto, as 19h, no auditório do Paço Municipal de Senador Canedo.

Sobre o Documentário

O documentário "Marcas do Tempo" narra a trajetória de Senador Canedo, desde seus primeiros assentamentos e a fundação da estação ferroviária, passando pelos ciclos de fé e trabalho, até sua emancipação política em 1989. A história é contada através de depoimentos de moradores reais e registros de cenários históricos, que rememoram a evolução da cidade de uma área rural e uma pousada de comitiva para a cidade em crescimento que é hoje.

Raízes Locais

Inspirado no livro Senador Canedo – Marcas do Tempo, de Bianca Nascimento e Sidney Vilela, o filme parte de uma base sólida de pesquisa histórica e cultural. O livro, por sua vez, dialoga com obras anteriores como Senador Canedo – Vida e Obra, de Coelho Vaz, e percorre desde os primeiros núcleos populacionais, o surgimento da estação ferroviária, os ciclos de fé e trabalho, até a emancipação política em 1989.

O filme é breve, mas transborda vozes. Ele não busca apenas mostrar; ele quer resgatar, trazer à tona os rostos que moldaram a cidade e os espaços que o tempo quase apagou”, afirma Sidney Vilela, que assina o roteiro e a curadoria histórica do curta. Sidney atua como pesquisador, roteirista, designer editorial e articulador cultural. Em Marcas do Tempo, sua presença é determinante: da estrutura textual à condução narrativa, é ele quem costura a memória da cidade com a voz calma de quem conhece cada dobra do caminho.

Depoimentos

A narrativa do filme é construída por moradores reais, em registros que escapam da dramatização e se sustentam no testemunho. As vozes que preenchem o curta são de pessoas que viveram Senador Canedo antes do asfalto, antes da indústria, quando o som da cidade era o apito dos trens.


Os cenários reforçam esse vínculo: ruas de terra, igrejas fundadoras, praças antigas e os trilhos esquecidos da velha ferrovia, todos tratados com cuidado pela lente de Dheniffer Wagata, responsável pela direção de fotografia.


Gabriel Vilela é jornalista e cineasta, com obras premiadas em festivais como a Goiânia Mostra Curtas, Favera, FICA e Santos Film Festival. Dirigiu e assinou filmes como Entreposto, Raízes e Não Tem Arrego, todos marcados pela sensibilidade social e pela escuta como linguagem estética. Em Marcas do Tempo, sua câmera evita protagonismo: observa à distância, respeita o tempo dos gestos e acompanha com silêncio atento.

Esse filme é uma ponte entre gerações. É para os jovens que desejam conhecer suas raízes e para os mais velhos que guardam lembranças que a cidade jamais deve esquecer”, diz Gabriel.

Estilo Visual

A montagem do curta rejeita o excesso explicativo e aposta em uma narrativa sensorial. A estética valoriza os detalhes que muitas vezes passam despercebidos: um portão enferrujado, um banco de praça, o vento atravessando uma janela aberta. Nada é exibido — tudo é compartilhado.
 
A direção de arte é assinada por Dheniffer Wagata, bacharel em Direção de Arte pela
UFG, fotógrafa premiada, roteirista e diretora com mais de uma década de atuação no
audiovisual. Acumula prêmios por obras como O Rei do Congo, Gigante Azul e o ensaio
Isolamento Social, vencedor do Prêmio Dom Tomás Balduíno de Direitos Humanos. Sua
marca está na junção entre beleza visual e compromisso com a escuta.

Cada depoimento, cada locação, cada imagem precisava dialogar com o que está nas páginas do livro — e também com aquilo que não se escreve, mas se sente”, explica Dheniffer.

Além do Registro

Além da exibição pública prevista para 22 de agosto, Marcas do Tempo também será distribuído em escolas, bibliotecas e centros culturais como ferramenta pedagógica. A proposta é contribuir com a educação patrimonial e gerar identificação nos jovens com as histórias que moldaram seu lugar de origem.

Em tempos de excesso de informação e de apagamentos silenciosos, Marcas do Tempo aposta no gesto simples de lembrar. Não com nostalgia, mas com compromisso.

E se há algo que o filme consegue fazer com seus quinze minutos, é transformar memória em presença — e presença em pertencimento.

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