Dia Internacional da Mulher: A Data em Si


Dia internacional da Mulher é uma data em que homenageamos as mulheres, mas acredito que muitos não saibam o que realmente representa e os motivos pelos quais se faz esta menção neste dia. Pois muitos dos que as homenageiam ignoram no dia-a-dia o real significado desta data, a qual representa um dia de reflexão


A luta das mulheres têm seu início no século XX, ao serem contratadas para a indústria têxtil, mas sem as condições necessárias para a execução das atividades laborais. Nesta época começam as reivindicações junto aos setores patronais e para serem atendidas fazem protestos através de passeatas com paralisações e greves.

Com a finalidade em conter os motins e paralisações das empregadas durante o trabalho, donos de fábricas as trancavam durante o expediente. E foi numa situação destas que em 25 de março de 1911 ocorreu um incêndio num dos galpões têxteis da cidade de Nova York, matando mais de cento e quarenta pessoas, sendo 125 mulheres e 21 homens.

Tal situação ocorreu devido ao conjunto de condições de precariedade das instalações elétricas, da composição do solo e da quantidade de tecidos que se tornou combustível para fomentar o incêndio. Este fato se tornou marco de luta para o dia internacional das Mulheres.

Em 1910 na Dinamarca foi realizado o II Congresso Internacional de Mulheres Socialistas pelo partido comunista alemão em que uma mulher combativa, engajada na luta por direitos, Clara Zetkin, já havia sugerido uma data para o "Dia Internacional da Mulher".

Porém este dia foi marcado a partir de movimentos revolucionários durante a queda da monarquia Czarista em 1917, quando no dia 08 de março, mulheres das fábricas de tecelagens entraram em greve e pediram apoio aos homens operários das metalúrgicas na Rússia. Desta feita a data se tornou um marco de luta das mulheres não somente por este feito mas também em homenagem ao ocorrido em New York em 1911.


Clara Zetkin

Desde então muitas lutas houveram em prol das melhores práticas de trabalho e equiparação com os homens em termos de remuneração, direitos trabalhistas, direitos eleitorais. Em 1971 o movimento feminista criticava a "Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão" e então cria a "Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã".

Ao longo da história temos muitas mulheres que lutaram com a própria vida em busca dos direitos e pela equiparação entre homens e mulheres, seja na política, no trabalho e na sociedade como um todo. Tal qual na luta pelo sufrágio em que Emily Davison em 1913 na Inglaterra se jogou em frente ao cavalo do Rei. No Brasil, Bertha Lutz encabeçou esta luta culminando ao direito em 1932.

Diante de tantas lutas havidas e da contemporaneidade em 1975, a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu este ano como Ano Internacional da Mulher com foco nas desigualdades e discriminação de gênero em todo o mundo e o dia 08 de março como o Dia Internacional da Mulher.

Esta data serve para refletirmos sobre as desigualdades a fim de equiparar as ações entre os gêneros, sem preconceitos, sem machismo. Que os direitos individuais sejam preservados sem distinção de gênero, cor, classe social, etnia, orientação religiosa ou qualquer outra forma de subjugar o gênero.

Não pode ser exceção uma mulher em algum lugar de destaque e de valor, pois deve estar em todos os lugares com os mesmos direitos dos demais. E para que as práticas sejam melhores na sociedade, precisamos formar nossas crianças e jovens desta forma.

Que este Dia Internacional da Mulher seja de reflexão quanto à importância do ser e de sua existência em que as relações humanas e de representatividade possam tornar realidade um mundo mais palatável entre os gêneros sem assédios, abandonos e/ou violências.

Por Antonio Oliveira, colunista O Centroeste

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