5 bilionários brasileiros concentram mesma riqueza que metade mais pobre do país

Aos 35 anos na lista dos 5 brasileiros mais ricos, Eduardo Saverin foi um dos 5 fundadores do Facebook

Lista dos bilionários do Brasil ganhou 12 novos integrantes, aponta estudo

Cinco bilionários brasileiros concentram patrimônio equivalente à renda da metade mais pobre da população Brasileira, mostra um estudo divulgado na segunda-feira (22) pela organização não-governamental britânica Oxfam antes do Fórum Econômico Mundial, que ocorreu em Davos, na Suíça, nesta semana que passou.

Segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil possuía 207,6 milhões de habitantes em 2017.

A lista é encabeçada por Jorge Paulo Lemann, sócio do fundo 3G Capital, que possui participações nas empresas AB InBev (bebidas), Burger King (fast food) e Kraft Heinz (alimentos). Veja abaixo a lista:

1. Jorge Paulo Lemann, 78 anos (3G Capital) - R$ 95,3 bilhões
2. Joseph Safra, 78 anos (Banco Safra) - R$ 71,1 bilhões
3. Marcel Herrmann Telles, 67 anos (3G Capital) - R$ 47,7 bilhões
4. Carlos Alberto Sicupira, 69 anos (3G Capital) - R$ 40,7 bilhões
5. Eduardo Saverin, 35 anos (Facebook) - R$ 29,3 bilhões
Jorge Paulo Lemann
Para fazer seus levantamentos, a ONG britânica de combate à pobreza usa dados sobre bilionários da revista "Forbes", divulgados em agosto, e informações sobre a riqueza em escala global de relatórios do banco Credit Suisse.

Super-ricos ficam com 82% da riqueza gerada no mundo em 2017.

12 novos bilionários

No ano em que o mundo teve um acréscimo recorde de bilionários --um a cada dois dias --, o Brasil ganhou 12 novos integrantes. O grupo passou de 31 para 43 integrantes em 2017.

O incremento ocorre devido à volta de pessoas que já fizeram parte do seleto grupo, mas perderam dinheiro nos últimos anos, em meio à crise econômica no Brasil.

Voltaram a ser bilionários executivos como Ana Maria Marcondes Penido Sant’Ana (acionista da CCR), João Alves de Queiroz Filho (Hypermarcas), Rubens Ometto Silveira Mello (Cosan), Lina Maria Aguiar e Lia Maria Aguiar (Bradesco) e Maurizio Billi (Eurofarma).

O patrimônio somado desses indivíduos cresceu 13% em 2017 e chegou a US$ 549 bilhões.


Ricos x pobres

O ano no Brasil foi marcado, de um lado, pela retomada da economia e por sucessivas altas na cotação das ações listadas na bolsa de valores brasileira. Por outro lado, o desemprego que, apesar de estar caindo, continua alto e atinge 12,7 milhões de trabalhadores.

"O patrimônio no Brasil foi reduzido como um todo, mas quem perdeu mais era quem já não tinha muito", diz Rafael Georges, coordenador de campanhas da Oxfam.

Os mais ricos possuem mais ativos financeiros do que a média da população e se beneficiaram mais da maré positiva no mercado, diz Georges. O Ibovespa, principal índice da bolsa paulista, acumulou valorização de quase 27% no ano passado.

O grupo do 1% reuniu no ano passado 44% da riqueza nacional, em linha com os anos anteriores.

Salário mínimo

Enquanto isso, encolheu a participação na renda nacional dos brasileiros que estão entre os 50% mais pobres. Passou de 2,7% para 2%.

"Com as pessoas se endividando, aquelas que têm alguma coisa para vender acabam vendendo para pagar dívida. Por isso, a retração na participação."

Para mostrar a distância entre o grupo no topo e o que está na base da escala econômica no Brasil, a Oxfam calculou que uma pessoa remunerada só com salário mínimo precisar trabalhar 19 anos se quiser acumular a quantia ganha em um mês por um integrante do grupo do 0,1% mais rico.

Por Helton Simões Gomes, G1
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